Modelos organizacionais, qual é a cor da sua empresa?

Modelos organizacionais, qual é a cor da sua empresa?

Existem diferentes momentos e características de estágio do desenvolvimento organizacional, isso não implica que exista um melhor estágio.

Na verdade eles seguem um crescimento, como os estágios de um ser humano, que evolui em compreensão das complexidades, reagindo com capacidades às limitações e desafios de cada momento, sejam eles a partir da infância, na adolescência ou na fase adulta, mas em cada “momento” existem entregas, identidade, resultados e no caso de empresas, existem também pessoas que, paralelamente, se sentem no mesmo lugar de evolução e conforto em participar. Uma etapa nunca suplanta a outra e sim incorpora a anterior, derivando capacidades de forma cada vez mais amplas.

Frederic Laloux em seu livro “Reinventing Organizations” apresentou de forma didática, o que ele considerou como sendo os 5 estágios de desenvolvimento organizacional, usando uma gradação de cores, adjetivos e metáforas. Veja abaixo um breve compilado desses estágios e identifique em qual ambiente você está trabalhando ou desejaria trabalhar. E sim, existem hoje organizações em cada um destes estágios:

  1. Estágio Vermelho (Impulsivo) metáfora do impulso animal. Neste estágio, as organizações são governadas por líderes autoritários predatórios e a cultura é marcada pela competição, pelo poder e medo, foco no curto prazo e ação reativa. O “lobo alfa” lidera a sua “família” que devota lealdade e assim o modelo tem estabilidade. Se seu poder é questionado ele pode cair e entrar outro no lugar. Nesse estágio a empresa não tem hierarquia formal ou títulos, não são replicáveis e fáceis de expandir, escalar ou prosperar a longo prazo. Exemplos: Máfias, Gangues;
  2. Estágio Âmbar (Conformista) metáfora da colmeia:. Neste estágio, as organizações são governadas por líderes autoritários paternalistas. A conduta, a moral é autorizada por papéis, títulos, hierarquia e não por pessoas: padres, juízes, generais. Nelas temos a cadeia de comando e controle, regras formais, “o futuro repete o passado”. Tiveram ganhos por ter maiores estabilidades, pela liderança não estar fixada em pessoas, ganhos em se ter planejamentos a longo prazos, processos, separando atividades de planejamento e execução, criação de estruturas estáveis como: agricultura, sistemas de irrigação, grandes construções. Exemplos: Mundo militar, escolas públicas, igreja católica;
  3. Estágio Laranja (Empreendedora) metáfora do “ecossistema”: Neste estágio, as organizações são governadas por líderes orientados por metas preditivas e tarefas. Atuam por processos evolutivos e a cultura é marcada pela evolução, comunicação e pela inovação, as regras não são mais imutáveis, são trabalhadas investigações, compreensão com responsabilidades e mérito. A hierarquia ainda tem forte presença mas considera agrupamentos multidisciplinares com gestão distribuída. O planejamento e estratégia não é só responsabilidade e papel do topo da cadeia. Surge a gestão por objetivo, criando mais competição, incentivos financeiros, visão mais lucratividade (não importa o que faça). Todos podem ascender pela meritocracia. Exemplos: Empresas Multinacionais, Escolas privadas;
  4. Estágio Verde (Pluralista) metáfora da “floresta”: Neste estágio, as organizações são governadas por consenso e serviço participativo. As equipes são autônomas, plurais, feitas de indivíduos, “com sentimentos”, valores e a cultura é marcada pela autonomia e pela responsabilidade. A hierarquia é vista como algo nocivo mas que pode estar presente. O empoderamento das pontas dilui a meritocracia. A liderança é servidora, busca a prosperidade de todos e zela por manter a força da estrutura para não voltar a modelos anteriores. Busca lucros, mas busca satisfazer pessoas, ambiente e todo ecossistema para que seja sustentável. Exemplo ONGs, South West Airlines, Ben&Jerry´s;
  5. Estágio Azul ou Teal (Evolucionista) metáfora do “oceano”: Neste estágio, as organizações têm a liderança distribuída e orientada por propósito. A cultura é marcada pela integridade e pelo propósito coletivo. Não tentam prever e controlar o futuro com muitos planos ousados, orçamentos, estratégias, mas se voltam ao presente, ouvindo o momento, as pessoas, o propósito a servir, “Propósito Evolutivo”. A “Autogestão” é fluida, com compartilhamento de informações, decisões integradas, com transparência na resolução de conflitos. Os valores e propósitos são tão compartilhados entre as pessoas que se conectam. As visões da pessoa: indivíduo, cidadão e profissional, são integralizadas, sem máscaras, com suas dimensões emocionais, intuitivas, espirituais sendo parte respeitada e positiva na construção dos objetivos coletivos corporativos. Exemplos: Patagônia, Morning Star, HolacracyOne, FAVI, Buurt Zorg;

A reflexão tem como objetivo, inspirar líderes e organizações a evoluírem em direção a estágios mais elevados de consciência e efetividade. Dá para “fazer dinheiro”, ou ainda, expandir os vários possíveis qualificadores que a palavra “Sucesso” pode conter e dividir mais riquezas, com mais pessoas. Isso pode ser feito de diversas formas, com maior ou menor ênfase em uma coautoria coletiva, participativa e que dê sentido a sua existência como Organização e como indivíduos, tudo isso são escolhas e não tem uma resposta única certa. 

Nessa perspectiva responda: Qual a cor da empresa onde trabalha? E qual a cor da empresa que mais parece te atrair?

Esse texto faz parte da busca incessante desperta na Xtrategie, em colaborar e progredir para a criação de um ambiente coletivo cada vez melhor, mais plural, com vozes ativas, cabeças pensantes, reflexivas, autogeridas e integrado os múltiplos anseios individuais ao ambiente realizador coletivo e com propósito que nos impulsiona.

Feito pelo XHero Marcelo Henrique Santos praticando o valor compartilhado de “Paixão pelo desenvolvimento” com algumas pitadas de apoio do assistente virtual que mais trabalha no momento #CHATGPT

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